segunda-feira, 30 de setembro de 2013

NENHUM CRISTÃO PODE ABRIR MÃO DE SER MISSIONÁRIO


Caros párocos e demais responsáveis pela evangelização da juventude no Brasil.
 “Educá-los na missão, a sair, a pôr-se em marcha, a estar sempre nas ruas pela fé.Assim fez Jesus com seus discípulos: não os manteve apegados a Ele como a galinha aos pintinhos; os enviou. [...] Empurremos os jovens para que saiam.” (Francisco, 27/07/2013)
 Chegou, mais uma vez, o “Mês Missionário”. Já é tradição dedicarmos este mês à reflexão sobre esta dimensão que faz parte de nossa vida cristã. Nenhum cristão pode abrir mão de ser missionário, uma vez que esta realidade é intrínseca ao Batismo. Podemos atuar missionariamente de maneiras diferentes, mas todos acolhem o mesmo mandato de Jesus Cristo: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19).
Há tempo estou percebendo – e me alegrando! – que os conceitos “missão” e “missionário” vêm sendo acolhidos normalmente pelas novas gerações. “Ser missionário” ou “fazer missão” ou algo deste gênero, já não remete mais à ideia exclusiva dos louváveis missionários e missionárias, quase sempre sacerdotes e consagrados, que se deslocavam de terras estrangeiras para conviver e servir à evangelização em nosso país, principalmente nos lugares mais desafiadores. Hoje, com muita naturalidade, os jovens estão se apropriando destes termos e buscando formas novas de fazerem valer esta sua vocação batismal. Isto é maravilhoso! Saibamos valorizar esta realidade para que eles possam, ali onde vivem, testemunhar mais fortemente ao mundo a gratuidade do serviço em prol dos mais desfavorecidos, sofredores e esquecidos de nossa realidade.
Na JMJ Rio 2013 nossos jovens foram, de maneira intensa e celebrativa, provocados a entenderem e vivenciarem este chamado. Certamente voltaram para suas casas, comunidades, grupos, paróquias, escolas, animados em fazer valer o que o Papa Francisco soube tão bem motivar. E agora nos vem uma dúvida: o que eles estão encontrando em nossos ambientes? Não basta Jesus Cristo enviar estes seus jovens discípulos, nem o Papa motivá-los à missão se eles não forem colocados em situação de desenvolvimento deste mandato. Há muita energia de amor e serviço concentrada no coração e nos sonhos dos jovens, aguardando ocasiões propícias para sua propagação. A fala do Papa na Catedral do Rio foi muito direta aos adultos, evangelizadores e educadores da juventude: cabe a nós a responsabilidade de educar os jovens para a missão,empurrando-os às ruas para que sejam protagonistas de uma nova história, a partir da fé em Jesus Cristo e de sua vivência eclesial.
Como obedecer ao Sucessor de Pedro, concretizando isto que ele nos pede?
Estamos no fim do “Ano da Juventude” e do “Ano da Fé”. Esta bonita coincidência é, para nós brasileiros, provocação de Deus a um trabalho mais consistente e criativo para que os jovens, convictos e formados à luz da fé, se tornem profetas proativos na realidade sociocultural em que se encontram. Assim, não percamos o precioso momento das nossas Assembleias e Reuniões de avaliação e planejamento que acontecem normalmente agora, por exemplo, em nossas Paróquias, Dioceses, Regionais, Pastorais, Congregações Religiosas, Movimentos para operacionalizarmos algumas das propostas contempladas no Texto-base da Campanha da Fraternidade 2013 e, principalmente, nas 8 Linhas de Ação do Documento 85, “Evangelização da Juventude – Desafios e Perspectivas Pastorais”. Ali encontramos uma riqueza imensa de reflexões e sugestões que, acrescida a este contexto juvenil pelo qual estamos passando, proporcionarão novos tempos aos nossos jovens, às nossas comunidades, à sociedade.
As celebrações litúrgicas deste mês, embelezadas pela comemoração de grandes apóstolos, evangelistas, santos e santas se tornam, também, ocasião propícia para apresentar aos jovens, de maneira criativa, estes testemunhos missionários.
Santa Terezinha do Menino Jesus – Padroeira das Missões – aumente em nós a consciência missionária de nossa vida cristã!
São Francisco de Assis – Protetor dos Desamparados – nos ajude a crescer na sensibilidade e nos gestos concretos de amor junto aos mais abandonados de nossos ambientes!
Nossa Senhora Aparecida – Mãe amada do Brasil – interceda pela nossa conversão pastoral a favor da cultura da acolhida às juventudes que estão ao nosso redor!
Que o DNJ (Dia Nacional da Juventude) a ser celebrado no final deste mês missionário atinja o maior número possível de adolescentes e jovens que estão sob sua responsabilidade, para que neles sejam fortalecidos os nobres sonhos de Deus de vida plena para todo seu povo.
Com estima e orações,
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A ALEGRIA DE SER MISSIONÁRIO


"A fé é um dom precioso de Deus, que abre a nossa mente para O podermos conhecer e amar. Ele quer entrar em relação connosco, para nos fazer participantes da sua própria vida e encher plenamente a nossa vida de significado, tornando-a melhor e mais bela. Deus nos ama! Mas a fé pede para ser acolhida, ou seja, pede a nossa resposta pessoal, a coragem de nos confiarmos a Deus e vivermos o seu amor, agradecidos pela sua infinita misericórdia." (Trecho da Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões 2013, leia aqui na íntegra).

terça-feira, 3 de setembro de 2013

CAROS PÁROCOS E DEMAIS RESPONSÁVEIS PELA EVANGELIZAÇÃO DA JUVENTUDE NO BRASIL

“Eu vos escrevi, jovens: sois fortes, a Palavra de Deus permanece em vós, e vencestes o Maligno”. (1Jo 2,14)
Ainda sobre os efeitos, luzes e forças da JMJ, entramos no mês de setembro que nos recorda a necessidade de escutarmos a vontade de Deus registrada em sua Palavra, sempre nova e provocadora. Ela, que iluminou a caminhada da JMJ, continua convocando: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28). É o profeta Isaías quem nos encoraja a responder com firmeza: “Eis-me aqui, envia-me” (CF 2013). Ajudar os jovens a escutarem esta Palavra para entendê-la em sua beleza e profundidade, vivê-la na alegria e na generosidade é responsabilidade urgente a nós confiada.
Mais do que nos perguntarmos se os jovens têm se entusiasmado com a Palavra de Deus, devemos nos avaliar se somos, realmente, Palavra de Deus para eles e se estamos propiciando-lhes condições para isto. A admiração e a obediência à Palavra dependem de sua boa escuta, capaz de entusiasmar, converter, edificar, promover, construir. Vejam o Papa Francisco! Ele tem nos alegrado o coração com a redescoberta da Palavra de Deus que se transforma em cultura da acolhida e da solidariedade. Sua mensagem está escrita em seus olhares, gestos, surpresas de quem se deixa inundar pela força do amor divino.
A Jornada no Rio já terminou, e nossos jovens ainda estão “voltando para casa”, na esperança do novo! Estão entusiasmados e desejosos de darem mais de si, fazendo a diferença nos espaços eclesiais e sociais. Mas suas experiências e sentimentos estão sendo ouvidos com atenção? Nossas Comunidades eclesiais e nossos ambientes educativos estão interessados, realmente, neste novo que eles carregam como verdadeiro tesouro a ser partilhado? Que abraços e olhares eles estão recebendo?
Fico imaginando, agora, os jovens como aquele fogaréu que quer se espalhar rapidamente pela mata ou o vento forte que insiste em gritar nas ruas ou a água das chuvas que deseja inundar todos os recantos por onde passa.
Nesses dias ouvi de um jovem uma frase que me alegrou e, ao mesmo tempo, me incomodou:“Dom, com a JMJ e a pessoa do Papa Francisco agora dá orgulho de ser católico”.  E fiquei pensando: será que os jovens que estão ao nosso redor, que convivem conosco, que dependem de nossos serviços, poderiam dizer o mesmo de nós e de nossas estruturas? “Padre, nesta sua paróquia e com seu coração de pastor que valoriza os jovens, dá orgulho de ser católico!”, “Dona Maria, com esta catequese animada e na linguagem da gente, dá mais vontade de viver como discípulo de Cristo!”, “Irmã, com esta escola que nos forma para a vida e nos garante ambiente de família, me sinto motivado a fazer alguma coisa a mais pelos outros”, “Sr. José, ficar ao seu lado testemunhando seus gestos concretos de amor aos mais pobres me anima a exercer um trabalho voluntário em favor deles”! A Palavra de Deus só é realmente entendida e generosamente acolhida quando encarnada!
O ardor missionário provocado em nossos jovens nestes últimos tempos precisa encontrar pessoas, motivações, estruturas, projetos, ocasiões propícias para seu desenvolvimento. Preparemo-nos para o próximo mês… missionário! O DNJ (Dia Nacional da Juventude) está chegando e carrega em sua provocação bíblica mais um incentivo missionário: “Quanto a você, arregace suas mangas, levante-se e diga a eles tudo o que eu mandar. Não tenha medo!” (Jr 1,17). É importante adquirir pelas Edições da CNBB o subsídio do DNJ preparado com tanto esmero pelos dez jovens da Coordenação da Pastoral Juvenil Nacional. As POM (Pontifícias Obras Missionárias) também nos brindam com rico material para realizarmos a Campanha Missionária deste ano, com a Palavra de Deus nos iluminando: “A quem eu te enviar, irás” (Jr 1,7b).
E mais! Vamos nos empenhar para fazer ressoar em nossas “casas” esta voz juvenil que ganhou destaque nesses últimos tempos. Em nível nacional realizaremos em Dezembro um importante momento com várias lideranças adultas e jovens para, juntos, fortalecermos nossos passos e encontrarmos novos caminhos em vista da revitalização da pastoral juvenil em nosso país. E em sua realidade (Regional, Diocese, Paróquia, Comunidade, Província, Expressão Juvenil) o que está sendo programado neste sentido? Que tal garantir nas reuniões, encontros e assembleias deste segundo semestre um espaço privilegiado para se tratar deste assunto e determinar algumas posturas, atividades, processos em vista da juventude?
Permaneçamos unidos na Palavra de Deus que nos chama, nos consagra, nos capacita, nos envia aos jovens para amá-los e servi-los com o coração de pastores e pastoras de Jesus Cristo.
Com estima,
 Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB

Secretários nacionais das Pastorais da Juventude se reúnem para discutir planejamentos anual

"A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, representada pelo assessor padre Antônio Ramos do Prado, recebeu os secretários nacionais das Pastorais da Juventude para reunião de planejamento anual, na quinta-feira 8 de agosto, na sede da Conferência em Brasília.
O encontro teve por objetivo discutir as atividades permanentes realizadas anualmente nas dioceses e regionais da CNBB e voltadas para a evangelização dos jovens, como a Semana da Cidadania (abril), Semana do Estudante (agosto) e o Dia Nacional da Juventude (outubro). “É um encontro extremamente importante por reunir os secretários nacionais e, além disso, ser um espaço de avaliações e planejamento das próximas atividades”, destacou padre Toninho.  
Estiveram presentes os secretários nacionais: Laércio Vieira, Pastoral da Juventude Rural; Daniele Barbosa, Pastora da Juventude do Meio Popular (PJMP); Sara Oliveira, Pastoral da Juventude Estudantil e Thiesco Crisóstomo, Pastoral da Juventude" (Fonte: Jovens Conectados).